quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Governador da Bahia defende nova CPMF para financiar a saúde


O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), defendeu nesta quarta-feira (28) a criação de um imposto sobre movimentações financeiras para financiar a saúde pública no país. O petista, porém, propôs que o tributo seja cobrado para operações acima de R$ 3.000, o que, segundo ele, atingiria cerca de 10% da população brasileira.

- A manutenção da saúde é cara e acho que a melhor forma é ter um imposto seletivo, que seria uma CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira] acima de R$ 3.000, o que deve atingir 10% da população.

A declaração foi feita após uma palestra do Grupo de Lide (Líderes Empresariais), na capital paulista. De acordo com o governador baiano, sem essa nova receita, o Orçamento do governo federal fica "apertado" por conta do encarecimento dos custos do setor.

- A procura pela saúde tem aumentado, o mercado está aquecido, o que encarece o custo com médicos, por exemplo. Estranhei que o Parlamento não queira encarar essa discussão porque depois todo mundo vai ficar reclamando de mais verba para a saúde.

Wagner disse estar tranquilo quanto as contas da Bahia caso a Emenda 29, que regulamenta os gastos da saúde, seja aprovada pelo Senado. Pela regra, Estados devem investir 12% de seu orçamento na saúde e municípios, 15%.

- Estou à vontade porque a Bahia investe mais que os 12%, coloca 13,8% na saúde. A regulamentação da Emenda 29 para nós não terá nenhum problema.

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