quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Governador do PT diz que nova CPMF será 'taxa da solidariedade'


O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), defendeu nesta quarta-feira (7) a criação de um novo imposto sobre movimentação financeira para bancar os gastos com a saúde. Segundo ele, uma nova versão do imposto do cheque seria uma "taxa de solidariedade", que incidiria mais sobre ricos do que sobre pobres, para capitalizar o SUS (Sistema Único de Saúde).

"Imposto justo é imposto direto na movimentação financeira. Em um valor abaixo dos 0,38% [alíquota da CPMF, extinta em 2007] creio que a gente pode estabelecer", disse Wagner, em entrevista durante as comemorações de Sete de Setembro, em Salvador.
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"É uma taxa de solidariedade, quem tem uma condição melhor paga por quem tem uma condição pior", declarou.

Com a iminência da votação da Emenda Constitucional 29, que deve elevar o valor das verbas para a saúde, foi deflagrado um movimento de governadores, principalmente os aliados do Planalto, para iniciar um debate de uma nova fonte de financiamento para o setor.

Wagner disse que a saúde no Brasil sofre com o subfinanciamento que penaliza as prefeituras, que são responsáveis pela atenção básica, e Estados, que cuidam dos atendimentos de média e alta complexidade.

Ele chamou de "equívoco" o fim da CPMF em 2007, quando a oposição impôs ao então presidente Lula sua maior derrota no Congresso.

Wagner se opõe a que a nova fonte de financiamento venha do aumento dos impostos cobrados sobre bebidas e cigarro, conforme defende o ministro Alexandre Padilha (Saúde).

"Qualquer imposto indireto é injusto porque o barão e o peão, quando vão comprar bebida, cigarro ou roupa, pagam o mesmo imposto", declarou.

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