quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Negando a existência do mensalão

           

 Acusação deu a Valério "importância desmedida", diz defesa

Defesa diz que PGR "embarcou" numa armação da classe política contra Marcos Valério e sequer incluiu Lula no mensalão.


O empresário Marcos Valério é um dos 38 réus na Ação Penal do mensalão  Penal do mensalão alega que foi dada a ele uma importância desmedida no processo. Nas alegações finais, o advogado Marcelo Leonardo diz que a base de apoio do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso operou “habilidosamente” para desviar o foco das investigações, que recaiam contra a classe política, para um “absoluto desconhecido” do ramo da publicidade e propaganda.

 
“A classe política que compunha a base de sustentação do Governo do Presidente Lula, diante do início das investigações do chamado “mensalão”(...) habilidosamente, deslocou o foco da mídia das investigações dos protagonistas políticos (Presidente Lula, seus Ministros, dirigentes do PT e partidos da base aliada e deputados federais), para o empresário mineiro Marcos Valério, do ramo de publicidade e propaganda, absoluto desconhecido até então, dando-lhe uma dimensão que não tinha e não teve nos fatos objeto desta ação”, diz trecho da defesa.
Marcelo ainda chamou a acusação da Procuradoria-Geral da República, inicialmente assinada por Antonio Fernando de Souza e com a peça final produzida por Roberto Gurgel, de “criação mental”. Disse que, caso fosse verdade a tese do mensalão, “o simples operador intermediário” teria sido alçado à figura central, o que seria “raríssimo” em processos criminais.
“É raríssimo caso de versão acusatória de crime em que o operador do intermediário aparece como a pessoa mais importante da narrativa, ficando mandantes e beneficiários em segundo plano, alguns, inclusive, de fora da imputação, embora mencionados na narrativa, como o próprio ex-presidente Lula”.
Negando a existência do mensalão, a defesa de Valério diz que todo o dinheiro fruto de empréstimos do Banco Rural e BMG foi repassado legalmente ao PT e seria usado para o financiamento de campanhas. Sobre o papel central do publicitário no processo, o advogado diz o seguinte:” A classe política armou, a mídia aceitou, o PGR embarcou”.

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