quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ministro do Turismo usa servidor público como motorista da mulher

Motorista pago para trabalhar na Câmara leva mulher de ministro Pedro Novais (Turismo) às compras
A mulher do ministro do Turismo, Pedro Novais, usa irregularmente um funcionário da Câmara dos Deputados como motorista particular, revela reportagem de Andreza Matais e Dimmi Amora, publicada na Folha desta quarta-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
O servidor, Adão dos Santos Pereira, fica dia e noite à disposição da mulher do ministro, Maria Helena de Melo, 65, que é funcionária pública aposentada e não trabalha no Congresso.

A Folha flagrou o motorista levando a mulher do ministro para visitar lojas em Brasília

Motorista pago para trabalhar na Câmara leva mulher de ministro Pedro Novais (Turismo) às compras


Segundo a reportagem, Pereira foi contratado pelo gabinete do deputado Francisco Escórcio (PMDB-MA), mas nunca trabalhou ali. O servidor foi exonerado ontem, depois de o deputado saber que a Folha preparava reportagem sobre o caso.

OUTRO LADO
O ministro do Turismo, Pedro Novais, não respondeu ontem por que a mulher usa um servidor do Congresso como motorista particular.
Em nota divulgada à noite, o ministro diz que Pereira foi seu motorista até ser exonerado em dezembro, quando Novais deixou a Câmara para assumir o ministério. A nota diz que Adão dirigia o mesmo carro usado pela mulher do ministro nas últimas semanas e afirma que o carro é alugado.

GOVERNANTA

Na terça-feira (12), a Folha revelou que Novais pagou com verbas da Câmara o salário da governanta de seu apartamento por mais de sete anos, quando exercia mandato como deputado.

A empregada Doralice Bento de Sousa, 49, recebia como secretária parlamentar, mas trabalhava no apartamento de Novais.

Este ano, quando Novais virou ministro, ela deixou de ser governanta e foi contratada como recepcionista por uma empresa terceirizada do Ministério do Turismo.

Após a reportagem, a A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) afirmou que o ministro deve prestar esclarecimentos sobre uso do dinheiro público para pagar a governanta.

O Ministério Público Federal do Distrito Federal também decidiu analisar o caso.

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