segunda-feira, 6 de junho de 2011


A empresa Plazza Brasil Imóveis negou neste sábado (4) qualquer relação com o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Em nota, a imobiliária disse não ser responsável pelo aluguel do apartamento em que vive Palocci, que fica em Moema, na zona sul de São Paulo.

Entenda a polêmica que envolve a empresa de Palocci

Reportagem da revista Veja publicada neste fim de semana afirma que o imóvel, avaliado em R$ 4 milhões, está registrado em nome da empresa Lion Franquia e Participações Ltda., que por sua vez pertence formalmente a dois laranjas.

Os donos da Lion, diz a revista, são Dayvini Costa Nunes, de 23 anos, e Felipe Garcia dos Santos, que tem 17, mas foi emancipado no ano passado. Nunes, ainda de acordo com a reportagem, “mora em um casebre de fundos na periferia de Mauá, no ABC Paulista, ganha R$ 700 por mês e teve o celular bloqueado por falta de pagamento”.

Com a vitória de Dilma na disputa presidencial, Palocci foi nomeado chefe da Casa Civil. Ele próprio já havia sido demitido do ministério do PT, em 2006, quando comandava a Fazenda. Palocci foi o beneficiário da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que denunciou a existência das festas da república de Ribeirão em uma casa em Brasília, com lobistas. Palocci fazia parte do
grupo. 

Um nome cotado pela presidente para a Casa Civil, caso decida pela demissão do atual ministro, é o da diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, amiga de Dilma. Também é cogitada a indicação da atual ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Se isso ocorrer, o Planejamento seria assumido por Paulo Bernardo e, para seu lugar no Ministério das Comunicações, seria indicado o atual secretário executivo da pasta, Cezar Alvarez.


Os fatos, no entanto, falaram mais alto. Em 2004 veio à tona o Caso Waldomiro Diniz. Homem de confiança de Dirceu, Waldomiro negociava com bicheiros o favorecimento em concorrências, em troca de propinas e contribuições para campanhas eleitorais. Dirceu resistiu ao bombardeio. Em 2005, no entanto, estourou o maior escândalo da era Lula: o mensalão. Em troca de apoio político, o governo pagava, com dinheiro desviado de empresas estatais, uma mesada a deputados da base aliada. José Dirceu era nada menos que o chefe do esquema, de acordo com denúncio do Ministério Público Federal. Caiu em junho de 2005.

No cargo de ministra, Erenice foi alvejada por reportagem de VEJA, que revelou em setembro de 2010 que o filho dela, Israel Guerra, comandava, com a sua ajuda, um esquema de lobby dentro da Casa Civil. Por meio do pagamento de uma taxa de sucesso, o filho da ministra facilitava a aproximação entre empresários e o governo. Dois dias após a denúncia, Erenice pediu demissão. O ministério ficou sob responsabilidade do então secretário-executivo da Casa Civil Carlos Eduardo Esteves Lima até o fim do governo Lula.