CASA CIVIL - LULA NO COVIL DAS IRREGULARIDADES
Luis Inácio Lula da Silva
As principais acusações que pesam contra o ex-presidente são o recebimento de "vantagens indevidas" por meio da destinação e reforma de um triplex no Guarujá e de sítio em Atibaia, com entrega de móveis de luxo nos dois locais, além da armazenagem de bens do ex-presidente por uma transportadora, supostamente pago por empreiteiras envolvidas no desvio de dinheiro na Petrobras.
As investigações também apuram pagamentos ao ex-presidente, feitos pelas cinco construtoras envolvidas na Lava Jato, por meio de doações ao Instituto Lula e pagamentos à LILS Palestras.
A dura nota oficial, divulgada pelo Ministério Público, afirma que ao longo das fases anteriores da Lava Jato "avolumaram-se evidências muito consistentes" de que o esquema de desvio de dinheiro da Petrobras envolvia e beneficiava empresas, funcionários da estatal, “lavadores de dinheiro profissional” e “e os políticos e partidos que proviam sustentação aos funcionários da Petrobras e em troca recebiam a maior parte da propina, a qual os enriquecia e financiava campanhas”.
A coordenação do esquema aconteceria a partir das cúpulas e lideranças dos partidos da base governista, envolvendo especialmente o PT, PP e PMDB. “ O ex-presidente Lula, além de líder partidário, era o responsável final pela decisão de quem seriam os diretores da Petrobras e foi um dos principais beneficiários dos delitos. De fato, surgiram evidências de que os crimes o enriqueceram e financiaram campanhas eleitorais e o caixa de sua agremiação política”, disse a nota oficial do MPF.
José Dirceu
Data:
no cargo entre 1º de janeiro de 2003 e 16 de junho de 2005
Tido como o "homem forte" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Dirceu (PT) deixou o cargo em junho de 2005 após ser apontado como o líder do esquema do mensalão
Tido como o "homem forte" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Dirceu (PT) deixou o cargo em junho de 2005 após ser apontado como o líder do esquema do mensalão
Dilma Rousseff
Data: no cargo entre 21 de junho de 2005 a 31 de março de 2010
Escolhida para assumir o lugar
deixado por José Dirceu na pasta, a então ministra Dilma Rousseff (PT) se viu
envolvida em pelo menos dois escândalos durante sua passagem pelo cargo. O
primeiro foi revelado após a divulgação de que a Casa Civil havia ordenado, em
2008, a elaboração de um dossiê sobre os gastos do ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso enquanto o tucano estava no
poder.
Dilma admitiu que o governo havia reunido as informações, mas alegou que se tratava de um "instrumento de gestão" e não um "dossiê" contra o casal.
Dilma admitiu que o governo havia reunido as informações, mas alegou que se tratava de um "instrumento de gestão" e não um "dossiê" contra o casal.
O segundo escândalo relacionado à
passagem de Dilma na Casa Civil foi o caso Lina Vieira. Em agosto de 2009, a
ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira deu uma entrevista dizendo que se
reuniu com a então ministra Dilma e que ela havia lhe pedido para "agilizar" uma investigação da Receita
contra a família Sarney.
Data:
no cargo entre 1º de abril de 2010 a 16 de setembro de 2010
Tida como amiga pessoal de Dilma Rousseff (PT), a advogada Erenice Guerra (PT) assumiu a Casa Civil assim que Dilma deixou o cargo para se candidatar à Presidência da República. Em setembro de 2010, uma série de reportagens publicadas em setembro de 2010, porém, lançou suspeitas de que os filhos de Erenice operavam um esquema de lobby para empresas que pagavam para obter vantagens governamentais. Erenice negou a existência do esquema, mas deixou o cargo no dia 16 de setembro de 2010.
Tida como amiga pessoal de Dilma Rousseff (PT), a advogada Erenice Guerra (PT) assumiu a Casa Civil assim que Dilma deixou o cargo para se candidatar à Presidência da República. Em setembro de 2010, uma série de reportagens publicadas em setembro de 2010, porém, lançou suspeitas de que os filhos de Erenice operavam um esquema de lobby para empresas que pagavam para obter vantagens governamentais. Erenice negou a existência do esquema, mas deixou o cargo no dia 16 de setembro de 2010.
Em março de 2011, a
Comissão de Ética da Presidência da República aplicou uma "censura
ética" a Erenice por conta do episódio.
A
censura seria como uma "anotação negativa" no currículo de Erenice,
mas não a impede de assumir cargos públicos.
Antonio Palocci
Antonio Palocci
Data:
no cargo entre 1º de janeiro de 2011 a 7 de julho de 2011
Nomeado como chefe da Casa Civil no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), Antonio Palocci (PT) ficou pouco mais de seis meses no cargo. Em maio de 2011, reportagens publicadas indicaram que o patrimônio de Palocci cresceu 20 vezes em quatro anos e que a empresa de consultoria do então ministro havia faturado R$ 20 milhões em 2010, ano das eleições presidenciais. Palocci foi o coordenador da primeira campanha de Dilma à Presidência. O MPF (Ministério Público Federal) do Distrito Federal abre uma investigação para apurar o caso.Pressionado, Palocci negou supostas irregularidades nos ganhos de sua empresa, mas deixou o cargo em 7 de julho de 2011.
Nomeado como chefe da Casa Civil no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), Antonio Palocci (PT) ficou pouco mais de seis meses no cargo. Em maio de 2011, reportagens publicadas indicaram que o patrimônio de Palocci cresceu 20 vezes em quatro anos e que a empresa de consultoria do então ministro havia faturado R$ 20 milhões em 2010, ano das eleições presidenciais. Palocci foi o coordenador da primeira campanha de Dilma à Presidência. O MPF (Ministério Público Federal) do Distrito Federal abre uma investigação para apurar o caso.Pressionado, Palocci negou supostas irregularidades nos ganhos de sua empresa, mas deixou o cargo em 7 de julho de 2011.
Aloizio Mercadante
Data:
no cargo entre 3 de fevereiro de 2014 a 2 de outubro de 2015
Aloizio Mercadante (PT) foi citado pelo delator da Operação Lava Jato Ricardo Pessoa, da empreiteira UTC, como beneficiário de dinheiro de propina. Segundo a delação de Pessoa, Mercadante presenciou o acerto de pagamento por meio de caixa dois para o financiamento de sua campanha ao governo de São Paulo em 2010. Mercadante nega ter participado do esquema. Em setembro deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) abriu uma inquérito para apurar as alegações feitas por Pessoa. Em outubro de 2015, Mercadante foi substituído por Jaques Wagner.
Aloizio Mercadante (PT) foi citado pelo delator da Operação Lava Jato Ricardo Pessoa, da empreiteira UTC, como beneficiário de dinheiro de propina. Segundo a delação de Pessoa, Mercadante presenciou o acerto de pagamento por meio de caixa dois para o financiamento de sua campanha ao governo de São Paulo em 2010. Mercadante nega ter participado do esquema. Em setembro deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) abriu uma inquérito para apurar as alegações feitas por Pessoa. Em outubro de 2015, Mercadante foi substituído por Jaques Wagner.
Jaques Wagner
As suspeitas de que o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques
Wagner (PT), tenha sido beneficiado pelo esquema de desvio de dinheiro da
Petrobras apurado pela Operação Lava Jato colocaram o ocupante de um dos
principais postos da República novamente na berlinda. Nas últimas semanas,
informações obtidas pela força-tarefa indicaram a possibilidade de que Wagner
tenha tido ao menos uma de suas campanha ao governo da Bahia
parcialmente financiada com dinheiro de propina do esquema.
O
ministro nega seu envolvimento no esquema e, mesmo sem querer, vê uma espécie
de "maldição" se repetindo sobre a Casa Civil. Nos últimos 25 anos,
oito dos 11 ocupantes do cargo protagonizaram escândalos envolvendo corrupção
ou condutas consideradas inadequadas.
Para o professor do Instituto de Ciência Política da UnB
(Universidade de Brasília) Ricardo Wahrendorf, a sucessão de escândalos
envolvendo a Casa Civil não é "coincidência". Segundo ele, o problema
está relacionado à importância do cargo. Ele diz que os presidentes não têm
tempo e nem conhecimento para lidar com todos os problemas relativos aos
ministérios. Dessa forma, o chefe da Casa Civil funciona como uma
"ponte" entre a Presidência e os demais ministros
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